Arrumar o quarto é como descobrir uma vida passada... Encontra-se velharias, no meio de laços e fitas, cartas, folhas, incensos e flores mortas, que até nos fazem lembrar de um passado que na realidade não quisemos esquecer. "A Vinha" foi um velho poema que encontrei e que gostei devido à sua simplicidade e mensagem.
Quero ser fruto,
fruto de ti e do teu Saber,
da tua Consciência e Vida,
quero ser alma,
quero viver e crescer,
sem deixar de sofrer.
Mas não quero cair,
no duro chão que se aproxima,
a cada pequeno passo que dou,
a cada momento que erro.
Cuida de mim com amor,
ama teu fardo,
teu laborioso trabalho,
por mim,
pois um dia darei galho maduro,
darei fruta doce,
e as minhas uvas alimentar-te-ão,
e serei fruto do teu esforço,
da tua vida arrependida,
e sofrida,
recompensa da tua mágoa.
Aí será Primavera,
tudo florescerá no teu jardim,
como alegre vida,
flores e tudo mais sem fim.
Mas primeiro vem o Inverno,
tens que cuidar de mim,
mesmo em noites frias,
com geada,
neve, gelo ou vento
eu precisarei de ti,
e tu de mim!
Rega-me e darei meus frutos,
a seu devido tempo,
quando estiveres pronto,
para recolher meu doce alimento,
se não secar ou cair na mão do vento,
num momento de fraqueza,
de puro desconsolo.
2006
Quero ser fruto,
fruto de ti e do teu Saber,
da tua Consciência e Vida,
quero ser alma,
quero viver e crescer,
sem deixar de sofrer.
Mas não quero cair,
no duro chão que se aproxima,
a cada pequeno passo que dou,
a cada momento que erro.
Cuida de mim com amor,
ama teu fardo,
teu laborioso trabalho,
por mim,
pois um dia darei galho maduro,
darei fruta doce,
e as minhas uvas alimentar-te-ão,
e serei fruto do teu esforço,
da tua vida arrependida,
e sofrida,
recompensa da tua mágoa.
Aí será Primavera,
tudo florescerá no teu jardim,
como alegre vida,
flores e tudo mais sem fim.
Mas primeiro vem o Inverno,
tens que cuidar de mim,
mesmo em noites frias,
com geada,
neve, gelo ou vento
eu precisarei de ti,
e tu de mim!
Rega-me e darei meus frutos,
a seu devido tempo,
quando estiveres pronto,
para recolher meu doce alimento,
se não secar ou cair na mão do vento,
num momento de fraqueza,
de puro desconsolo.
2006