quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Sobe, segue a montanha no seu dorso
olha estas casas que se perdem no vazio
vê os caminhos que o tempo já percorreu
sem que se atingisse o espaço absoluto
olha as muralhas em ruína
os ventos bruscos
sente a inclinação da luz
pelo crepúsculo
alisa a escarpa que se abre
no teu peito e chora meu amor,
chora no ar fresco rarefeito
por todos os espaços que ainda
não percorreste e transpiras por viver
porque o cais que buscas é a noite
a noite dos predadores sem medo
onde às vezes, só às vezes,
na transparência do silêncio
entre montanhas onde vive o tempo
o mar diz o teu nome a medo
na dança das águas contra o vento
e todo o absoluto de uma vida
cabe nesse relativo momento…
Sobe, escala a montanha até ao sol
aqui onde o tempo se retrai
aqui mesmo te reinventei como urze
solitária ou composto de carbono
nascido da terra mãe
Sobe e procura as cinzas
do lume onde o tempo arde
E sente o infinito absoluto
do teu nome ecoando pelos vales.

Autor: don't remember
Deixem a vossa opinião =)

1 comentário:

Susana Pereira disse...

I like it :)

é bom ter-te de volta mana no mundo cibernautico :)

Beijinhos,
Susana